sexta-feira, 25 de maio de 2012

Teatro do Ofício e GTO Soluções Cênicas são homenageados na FAP





Acontece hoje (25), o Projeto Cartografia Cultural, da Faculdade Estácio do Pará, que visa apresentar ao público as manifestações culturais do nosso estado, assim como analisar e explicar suas origens. O projeto reunirá artistas de diversas manifestações culturais, para mostrar seus trabalhos através da II Virada Cultural.
Um desses grupos é o Teatro do Ofício que está em cena há quatro anos, composto por atores e técnicos já experientes em diversos grupos da cidade. Estreou em 2008 com o espetáculo “UmaFlor para Linda Flora”, a peça participou do Fórum Social Mundial e do Festival Territórios de Teatro -3ª edição, além de cumprir diversas temporadas em Belém e no interior do Estado do Pará.
O grupo realizou ainda a primeira web serie paraense. Sim, a primeira web serie do Pará, a Pensão dos Artistas Fudidos, que trás a história de um “bonequeiro”, um visagista e um artista plástico que dividem o teto em uma pensão na periferia de Belém. Com pouco trabalho e sem dinheiro para quitar o aluguel os artistas ainda são humilhados pela Senhoria da pensão. Ainda na Web o grupo também produziu um vídeo tutorial “10 dicas para um teste de ator”. Estes dois vídeos podem ser encontrado no site de compartilhamento de vídeos You Tube. O projeto conta com o apoio da Agência 360 comunicação e Mídia.
Serviço: O evento acontece hoje, a partir de 19h, na Faculdade Estácio do Pará. (DOL)
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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Seleção para o novo espetáculo "Vernissage"

O Teatro do Ofício ainda está selecionando para participar da comédia "Vernissage" atores e atrizes com experiência que estejam interessados em fazer teatro de grupo, com muito processo de pesquisa e experimentação e disposição para participar de todas as etapas da montagem. Vamos reunir na terça às 17h em local repassado aos que tiverem seus currículos aprovados. Enviar currículo para grupoteatrodooficio@gmail.com

*Cartaz meramente ilustrativo
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domingo, 3 de julho de 2011

Crítica de "Amadores" por Orlando Simões

Reproduzimos aqui a crítica do site Ponto Zero, escrita por Orlando Simões, e depois algumas fotos clicadas pelo mesmo. Estamos com outros projetos em vista e, é claro, a volta de "Amadores" em um algum teatro perto de você. Abraços do GTO. Vale a pena também conferir no mesmo site o resumo da palestra “Em busca da catarse perdida”, proferido pelo autor Pedro Sette-Câmara na Livraria Saraiva.

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Espetáculo teatral "Amadores": Olhando para trás e para frente ao mesmo tempo

Na peça "Amadores" é indispensável atentar para o monólogo inicial em que Valter (interpretado por Luiz Fernando Vaz), um dos personagens, abre a peça. Em sua fala inicial o jovem Valter entrega os pontos da complexa e intrincada peça de Pedro Sette-Câmara, mas só fica claro que é no começo que as respostas estão, quando o fim se concretiza. Ou seja, Valter é medíocre em vida, será em morte provavelmente. Mas só se percebe isso tarde demais...

"Amadores" é uma peça - e na verdade muito mais um lindíssimo texto acima de qualquer coisa - que brinca com a percepção do espectador ao jogar com a narrativa através de um intrincado processo de sobreposição de tempo, de seu fluxo em uma leminiscata (o símbolo matemático do infinito que os ignorantes adoram dizer que é um "oito dormindo"), de pontos de vistas diferentes de um mesmo instante no tempo, de posições espaço-temporais desconhecidas por nós, mas que permitem aos personagens nos contar, de forma aparentemente aleatória, pontos chave de uma trama, aparentemente banal.

Mas "Amadores" é isso e sobre isso: Parecer uma coisa e ser outra. Valter é aquele típico intelectual mala, chato mesmo, que olha para dentro de si e de sua inteligência e de seus gostos refinados e acha que por ser o que é o mundo deve se prostar diante dele e lhe render glórias, afinal, todo gênio é um inconpreendido e vítima do mundo vazio que o rodeia... sim, Valter é mala, gosta de Schubert e quer passar a vida recitando poesias... não que isso seja ruim, mas só isso não é suficiente para conquistar ou reconquistar a jovem e linda Carlota (interpretada por Karol Amaral).

Carlota é uma moça normal, normal demais para uma personagem de teatro, principalmente em uma peça como "Amadores". Não, isso não é uma crítica, é que a representação humana é tão simples, que é de se estranhar ver uma personagem de ficção ser extremamente real, a ponto de ser simples, superficial e desinteressada em chatos como Valter. Afinal a vida imita a arte e vice-versa, então, no mundo real, qualquer mulher como Carlota daria um chute em um mala cheio de pensamentos filosófico-existecialistas românticos como é nosso amigo Valter... Sem falar que tanto a atriz quanto a personagem são mulheres de extrema beleza, dessas que fazem homens feios e chatos rastejarem por elas sem que elas precisem fazer lá muita coisa além de serem lindíssimas. E Carlota não faz... não fez... não fará nada... dependendo de que camada de tempo nos é mostrada ou quando nos é mostrada em cena.

Bom, mas essas camadas de tempo não são aleatoriamente mostradas ou simplesmente jogadas umas sobre as outras sem sentido. Os pilares do que teria tudo para ser uma peça adolescente romantica e bobinha, no texto de Sette-Câmara virou um jogo de relações cruzadas entre o quarteto de amigos Valter, Carlota (seu amor eterno a quem deseja recitar poesia por toda a eternidade, pobre coitada), de um lado e do outro lado temos o casal Guilherme (Rony Hofstatter) e Leonora (Maíra Monteiro) - ambos magnânimos - travando uma constante disputa de casal cujo casamento já passou pela crise da traição por parte de Guilherme e motivo de sobra para Leonora, sempre enérgica e brigona, jogar este fato em rosto para o marido.

Simples não é? Não, não é. Leonora, mulher de Guilherme cuja veia mordaz e irônica não para quieta, já teve, no passado, um envolvimento com Valter anos antes, um relacionamento de jovens, cheios de aventuras, de planos e de projetos que nunca se concretizaram... principalmente a viagem para Paris... Mas nada disso terminou à toa, Carlota, sempre ela, normal e linda, é o centro de gravidade de todas as atenções de Valter e claro, responsável pelo fim do interesse deste para com Leonora que tempos depois encontra no melhor amigo de Valter, Guilherme, um novo aconchego.

Mas Guilherme está doente, internado em um hospital com uma doença cujo diagnostico não revela nem ao amigo Valter, a menos que este resolva procurar Carlota e declarar novamente seu grande amor à moça... Apesar de Valter achar que basta ele ser o que é para que Carlota tenha que simplesmente voltar aos seus braços. Já Leonora só quer que Carlota saia de seu caminho, pois sua aproximação de Guilherme é dúbia, cheia jogos e brincadeiras insinuantes, típicas dessas mulheres normais e por isso mais encantadoras e fatais... e Leonora sabe disso. Assim temos um quadrado amoroso estranho, instável, pois ao que tudo indica, Guilherme e Carlota tem algo a mais entre eles, assim como um dia, Valter e Leonora também tiveram.

No pequeno espaço do quarto de hospital, numa ante-sala de espera, em um elevador e em um espaço mais amplo com um pequeno banquinho que se dá a ação do espetáculo, com as camadas de tempo e de situações se sobrepondo umas as outras, bem como os diálogos... em "Amadores" não há aquela pausa entre dar uma fala e outro ator dar a outra fala, é verbo chiando direto, tal qual acontece quando duas pessoas estão discutindo na vida real. Eu não me calo e espero você falar, eu falo por cima, falo mais alto e você também...

E não são só os quatro personagens e a platéia que vivenciam tudo isso, pois somos todos espreitados pela misteriosa "Voz Elegante" que atormenta Valter, que o impulsiona e o impele aos mais variados questionamentos, mesmo que o toupeira do Valter ache que está sempre certo, o misterioso dono da "Voz Elegante" nos diz que o caminho não é bem esse.


Por sua forma complexa de narrar em camadas de tempo sobrepostas, mostrando ora passado, ora presente e com um texto elaborado bem ao estilo pop-cult falando de grandes poetas, grandes compositores de ópera, "Amadores" também fala de Jakie Chan e filmes de Kung-Fu de uma forma tão natural que nos sentimos diante da mais pura representação do cotidiano onde uns são simples demais e outros complexos demais para dividirem entre si um amor ou uma amizade que seja.

Em sua tentativa de auto-superação e, conseqüentemente, redenção de si e conciliação do mundo ao seu redor, Valter vai adiante, fazendo asneira atrás de asneira, criando conclusões estranhas a respito do que deve fazer lembrando de Ícaro e suas asas derretidas pelo Sol, refletindo sobre o que é causa e o que é conseqüência no ato de um homem se jogar de um edifício. E assim conhecemoss presencialmente, em mais uma estranha camada de tempo, a materialização do misterioso "Voz Elegante" para dar um parecer sobre Valter e sua sucessão de equívocos e erros de julgamento, de si e de seus amigos.

Mas é tarde demais, não há redenção na vida real e nem na ficção, porque "Amadores" de Pedro Sette-Câmara é real demais para ser teatro de redenção e de finais românticos. E Valter, Valter é e sempre será um grande tolo.

No mundo real ninguém ama os tolos e os edifícios não tem a decência de desabar enquanto o Ícaro se afoga após ter suas asas de cera derretidas pelo Sol...













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quarta-feira, 18 de maio de 2011

"Amadores" - o espetáculo
















4 dias de temporada. Muita chuva. Um público guerreiro. A presença do dramaturgo Pedro Sette-Câmara. E o ápice de 9 meses de ensaios intensos.

Estreou enfim o 2º espetáculo do Teatro do Ofício!!!

Nada como celebrar o resultado de tantos sacrifícios e de horas e horas e horas de ensaios, troca de elenco, vitórias, reveses, contratempos, conquistas, descobertas e alegrias.

É no contato com a platéia que finalmente encontramos o tom certo, a forma das palavras, a emoção exata e a energia que faltava. É ali no palco que enfim se deparamos com aquela obrigação de se denudar em arte ao vivo, sem truques, sem volta nem hesitação. O sentimento tem que estar ali presente a todo momento, sem demora, pois o público quer viver em nossa ficção e em nós crava-nos os olhos impiedosamente. Tudo acontece ali em tão pouco tempo. Tanto preparo para o efêmero de uma hora de espetáculo. Uma hora que esperamos nunca mais deixar a alma daqueles que nela transcorreram ali no Teatro Cláudio Barradas.

Estreou nos palcos pela primeira vez Karol Amaral. Brilhou intensamente Maíra Monteiro. Rony Hofstatter se divertiu interpretando Guilherme. Válter enfim surge na pele de Luiz Fernando Vaz. E um misterioso personagem fascina a platéia na interpretação de Leonardo Cardoso.

A luz e o cenário de Kleber Farias se impôe com elegância na cena. Os figurinos de Carlos Henrique contam a vida dos personagens. E a sonoplastia operada por Marcelo Andrade pauta os sentimentos ariscos e delicados.

E o autor, Pedro Sette-Câmara, nos dá o ar de sua graça vindo à Belém prestigiar o nosso trabalho durante todas as noites, sobrando tempo ainda para se deliciar na culinária local e nos brindar com espirituosos diálogos.

Agradecemos aos nossos apoiadores e amigos que tanto nos ajudaram nessa empreitada. E convidamos a todos a ficar de olho pois "Amadores" com certeza terá vida longa.

*Fotos de Vitória Nascimento

P.S - Ainda tem mais fotos. Em breve postaremos mais... Enviar para o Twitter

terça-feira, 10 de maio de 2011

"Amadores" para todos - ingressos em até 3x na internet e na bilheteria


Facilitamos seu acesso ao Teatro!!!

Assista "Amadores" com a sua famíla e amigos parcelando suas entradas em até 3x no cartão de sua preferência através do site http://www.sellcard.com.br ou mesmo na bilheteria do Teatro Claudio Barradas a partir das 14h. Corra que ainda dá tempo!!!

Saiba mais sobre a peça no site de cultura Ponto Zero Enviar para o Twitter

domingo, 8 de maio de 2011

"Amadores" - compre seu ingresso online parcelado em até 3x no cartão!!!





Agora você pode comprar seu ingresso para assistir "Amadores" com toda a facilidade e parcelar em até 3x no seu cartão de preferência.

Pra quem não conhece o sistema, após a compra você imprime um VOUCHER que você troca na bilheteria pelo ingresso.

ATENÇÃO que as vendas se encerram 48h antes de cada dia disponibilizado. Portanto, não perca tempo e garanta logo o seu.

Basta clicar no site ou no link abaixo correspondente ao dia em que você deseja comprar ingressos:

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ESTRÉIA dia 12/05/2011
http://www.sellcard.com.br/detalhes-evento.php?eve_cod=187

Dia 13/05/2011
http://www.sellcard.com.br/detalhes-evento.php?eve_cod=188

Dia 14/05/2011
http://www.sellcard.com.br/detalhes-evento.php?eve_cod=189

Encerramento da temporada dia 15/05/2011
http://www.sellcard.com.br/detalhes-evento.php?eve_cod=190


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Informações sobre o serviço online:
(91) 32373-0010 / 8163-0707 / 8163-5577

http://www.sellcard.com.br/texto.php?id_txt=6

Informações sobre o espetáculo:

http://tinyurl.com/3m4ly34

(91)3274-1860/ 8117-5742/9154-9031 Enviar para o Twitter

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O cenário de "Amadores"

Depois de 9 meses de intenso trabalho, aquilo que era apenas alguns rabiscos começa a ganhar vida e propriedade.

Inspirado visceralmente na trama e no texto de Pedro Sette-Câmara, que permite a quebra da plástica naturalista, o cenário de "Amadores" mergulha em um universo atemporal e disforme, trazendo a tona ambientes criados a partir da visão do protagonista Valter e de sua mente arquitetalmente romântica.

Fundamental para a criação deste universo, foi a simbiose entre Direção e Cenografia, que desde o inicio dos trabalhos caminham juntas.

A Encenação e Direção de Luiz Fernando Vaz, aliadas à concepção Cenográfica, transformam o espetáculo em um grande jogo onde ambientes são revelados e transformados, deixando ao espectador a livre interpretação e visualização dos seus espaços "reais".

Criada por Kleber Farias, a Cenografia do espetáculo tem o grande desafio de permitir ao público embarcar na viagem que Valter convida a participar, e descobrir a geometria romântica existente nas relações entre as personagens.

um desafio tambem para o cenógrafo, mas que enfim se materializa.















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