segunda-feira, 30 de agosto de 2010

AMADORES - Diário de bordo - 1º Ensaio (27/08)


O blog inaugura uma nova seção - o DIÁRIO DE BORDO. Com a finalidade de ser um registro dos processos de montagem do Teatro do Ofício, esse diário será atualizado após cada ensaio por cada um dos membros de cada montagem do grupo. A proposta é que cada um, atores e técnicos, se revezem em uma espécie de confessionário onde cada um pode desvelar seus anseios, percalços e descobertas durante a longa viagem texto e espetáculo adentro.

Segue a primeiríssima postagem do diário, assinada por um dos tripulantes da nossa mais nova montagem.

Seja bem vindo à bordo!


Por Jucélio Carvalho.

Novamente reunimos no Espaço Atores em Cena e após breve conversa com o Luiz Fernando, iniciamos alongamentos e exercícios de respiração para dar início ao primeiro ensaio. Depois de experimentar diversas intensidades de respiração e movimento foi solicitado que fizéssemos uma breve cena de alguém esperando uma ligação telefônica que não iria acontecer.

Depois disto, fomos para a cozinha ler novamente o texto, sob olhares e ouvidos da Khalil que generosamente ofereceu uma cervejinha pra molhar a garganta e improvisou uns petiscos. Particularmente acho o texto intenso, profundo e subjetivo, com grande expressividade nas entrelinhas e uma possibilidade de ação dramática enorme e ainda desconhecida para o grupo.

Como esta foi apenas a segunda leitura, e sem o elenco formado, ainda temos uma leitura muito superficial e às cegas. Digo às cegas porque, tirando o Luiz Fernando que se manteve misterioso sobre o tema, ninguém vislumbra qualquer figurino, iluminação ou jogo entre os personagens. Cada vez que eu leio o texto fico pensando em mais detalhes, sobre pontos de vista ainda não avaliados anteriormente e acabo criando afeição com os personagens e com a trama e cada vez mais acredito da força que este texto vai produzir no palco e os questionamentos na platéia.

Minha impressão pessoal sobre esta montagem é de confusão, receio e desafio. O texto é rico e seu teor é bem diferente do que vem sido apresentado nos teatros paraenses, logo é apresentado o receio. Porém, penso que estamos caminhando para uma unidade dentro do grupo, onde todos os envolvidos gostam do texto e querem viajar juntos nesse processo de criação.

Minha disposição para trabalhar neste projeto e enorme e espero que ela continue crescendo durante nosso processo.

Sem maiores delongas,

Jucélio Carvalho. 29 de agosto de 2010. Enviar para o Twitter

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