domingo, 28 de novembro de 2010

Palestra em SP faz referência à peça "Amadores"


Trecho:

A peça Os amadores, de Pedro Sette-Câmara, prolonga a discussão sobre a obsessão pelo “belo e o sublime” sob a espécie de uma engenhosa comédia romântica para adolescentes, por meio de diálogos jocosos e que conta histórias de amor bem ou mal sucedidas e cuja personagem principal, Valter, vive a se queixar porque o homem não consegue determinar seu destino, em suas palavras: “nada pior do que depender de alguém que não é você”, e para arrematar lamenta-se dizendo:
"Eu mesmo sempre fiquei chocado com uma coisa: quando alguém importante morre, as montanhas continuam no lugar, o céu continua ali, e nem os prédios têm a decência de desabar, o que aliás seria o mínimo. Nós nem mesmo celebramos mais o sublime, não valorizamos o amor que vai além da morte e que, ele sim, pode definir quem é alguém."
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A transcrição completa da palestra de Jessé de Almeida Primo realizada no Instituto Goethe, em SP, você encontra no blog Ars Poetica do poeta, tradutor e professor de línguas e literaturas clássicas Érico Nogueira.

A imagem acima
é a "Paisagem com a queda de Ícaro" - Brueghel, Pieter (1558). Óleo sobre tela

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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Amadores - Diário de Bordo - (24/11)

Por Igor Monteiro

Hoje tivemos, se não um dos melhores ensaios, mais um dos mais proveitosos. Hoje estava todo o elenco de AMADORES reunido: prontos, ansiosos e com muita vontade de experimentar suas cenas, seus personagens, suas falas e outras coisas mais.

Antes de começarmos o ensaio o Fernando me colocou no meio da sala e pediu para o resto do elenco sentar e ficar me olhando por algum tempo. Depois me deu uma tarefa e aí me perguntou o que eu senti, o que eu achei... Disse-me ele que a função da tarefa que havia executado seria a mesma que eu teria no dia da apresentação da peça, pois todos estariam ali me olhando, me analisando, fazendo comentários por ser minha estréia no Teatro. E que ele quer e vai fazer é que que eu não seja apenas um estreante: que eu roube a cena também, que as pessoas comentem que todo o elenco está maravilhoso.

Depois fomos passar a cena do Guilherme com o Valter(Fernando). Aí ele me deu mais uma tarefa para ficar circulando pela cena, analisando a cena... O texto dos dois já estava decorado. Na primeira passada não ficou muito boa, discutimos alguns pontos e eles repetiram a cena novamente e ficou bem melhor. Depois foi feita a cena da Leonora com o Valter... O texto dos dois tava decorado também e a cena ficou bem legal. Rolou uma química muito boa entre eles dois, uma emoção... E foram definidas algumas reações para eles.

Por ultimo passamos a seqüência das 3 cenas sem cortes e interrupções. Já esta muito bom mais ainda pode crescer mais ainda. Mais já deu para a gente ter uma noção das cenas dos personagens e finalizamos o ensaio de hoje muito felizes com o andamento do processo de AMADORES. O próximo ensaio ficou marcado para sexta feira as 10 horas.

Será o ultimo ensaio do Rony já que ele se afastara por um tempo para fazer uma cirurgia. Agora vamos começar a trabalhar as cenas da Leonora com o Valter e as cenas da Carlota e do meu personagem também(Voz Elegante). Tenho certeza que o resultado final vai ser muito bacana e AMADORES será um sucesso. Pois como diz o Fernando: as pessoas vão assistir e voltarão para casa com uma historia na cabeça que não irão esquecer.

OBS*: O intervalo na atualização do diário de bordo foi longo dessa vez por causa de compromissos do elenco e da direção que inviabilizaram essa atualização. Sempre que possível atualizaremos esse diário. Obrigado!

*Nota do Administrador

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terça-feira, 16 de novembro de 2010

"Uma Flor Para Linda Flora" no Festival Curumim de Cultura de Parauapebas/Pa

A noite do dia 14/11 foi mágica para o público que comparaceu à praça Mahatma Gandhi no centro de Parauapebas.

Convidados para encerrar o Festival Curumim de Cultura, promovido pela Prefeitura daquela cidade, o Teatro do Ofício apresentou o premiado espetáculo UMA FLÔR PARA LINDA FLORA de Carlos Correia Santos, para um Público atento e interessado em arte e cultura.

O convite serviu para coroar o Espetáculo, que comemorou no início do mês 2 anos em cartaz, com muitos aprimoramentos e crescimentos técnicos e de atuação.

O reconhecimento de tanto trabalho vem da platéia através das palmas e dos sorrisos daqueles que se encantam com o Espetáculo, sendo eles crianças na idade ou no coração.

Foram 15 horas para chegarmos à cidade, e quando chegamos, aplaudimos também a iniciativa daquela Secretaria de Cultura, que levou pra Praça, um pouco de magia, com toda a vasta programação do Festival, e fez que vissemos nos olhos dos pequeninos que ali estavam, que se dependerem deles, a arte e a cultura não morrerão tão cedo.

O nosso Muito Obrigado Parauapebas!




















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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Linda Flora comemora 2 anos de cartaz em Parauapebas


O espetáculo "Uma Flor para Linda Flora", de Carlos Correia Santos, comemora dois anos em cartaz em apresentação ÚNICA na cidade de Parauapebas neste domingo 14/11. Toda a cidade está convidada para prestigiar o noso primeiro espetáculo às 19h, na Praça Mahatma Gandhi. O espetáculo é atração convidada do Festival Curumin de Cultura, realizado pela Prefeitura de Parauapebas. Não paga nada. É DE GRAÇA!!! Enviar para o Twitter

sábado, 6 de novembro de 2010

Amadores - Diário de Bordo - 03/11

Por: Maíra Monteiro

Foi bem produtivo esse nosso ensaio,voltamos a passar o quarto quadro,que é a cena da Leonora com o Guilherme,fizemos ótimas descobertas, começo a doar sensações pro personagem, e isso é mto bom.

Depois,mudei de atriz pra diretora,trabalhamos a cena 2,é bom já sentir o Válter e o Guilherme surgindo...a dificuldade maior e o texto não estar decorado,mas chegamos lá.

Me assusta um pouco assumir a assistência de direção de um texto tão complexo,estou com muitas dúvidas,se serei capaz ou não,mesmo porque o Fernando não consegue se desligar do papel de diretor em cena,e isso complica,mas acredito que depois da decoupagem,as coisas fluíram melhor.

Agora é decorar o texto,pq no próximo ensaio faremos uma espécie de “passadão” das cenas já desenhadas,será muito bom,tenho certeza.

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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Amadores - Diário de Bordo - (01/11)

por Kleber Farias

Desde o ultimo diario que escrevi, reviravoltas se deram no processo de montagem de Amadores: elenco que muda, pontos de vista ampliados, e uma assistência de direção que me é concedida pelo diretor Luiz Fernando, já que ele assumiu um dos papeis na trama.

Agora o processo possui um diretor e dois assistentes, Maira Monteiro e eu, que juntamente com o Diretor temos o papel de esmiuçar as entrelinhas, intenções e circunstâncias do texto, e leva-lo à materialização casado com a proposta de encenação e com o trabalho de ator.

Como tambem assumo a parte cenografica e de iluminação do espetáculo, olhar desse ponto de vista de diretor, mesmo que auxiliar, me traz respostas mais imediatas, o que me levou a “conclusão” da ideia do que seria o cenário. Mas nesta montanha russa que é o processo, tudo pode mudar.

Especificamente no tocante ao dia 1º de novembro, ensaiamos na parte da tarde, e esta começou com a chegada de um elemento de cena fundamental para a desenvoltura dos atores: a cama do guilherme! Não é uma cama de hospital propriamente dita, é uma especie de maca para tratamento estetico, mas caiu como uma luva! Estavam presentes: Maira Monteiro: Leonora/Assistente de Direção; Rony Hoffstatter: Guilherme; Igor Monteiro: Voz Elegante; Luiz Fernando: Diretor/ Valter; e eu Kleber Farias: Assistente de Direção/Cenografia/Iluminação

Cama no lugar, delimitação do espaço de cena feita, posicionamento dos atores. Vai!

Conseguimos grande exito com a cena da chegada de Leonora no quarto de guilherme, pois os atores já sabiam o que estavam fazendo antes da cena acontecer, eles eram os personagens, com todas as suas humanidades. lógico que muito falta ainda pra ser descoberto, mas muito já se alcançou com o trabalho de “identificação das circunstâncias” que estamos fazendo.

Na cena, conseguimos visualisar todo o quarto, com a cama, um sofá e uma janela, e neste universo incluimos duas personagens que pinceladamente deram vida ao ambiente. Conseguimos até fazer alguma marcação de cena!

Após este quadro do texto, fomos experimentar outro: O encontro de Valter e Leonora no saguão do hospital, um dos quadros mais longos e mais enigmaticos do texto.

O Fernando sentou ao lado da Maira e propôs uma leitura já com as devidas intenções, cabendo a mim dirigi-los. durante a leitura, em meio a vários questionamentos, acabamos por descobrir que esta cena possibilita milhões de interpretações e circunstâncias, e é um quadro onde a mesma cena se repete, sendo vista de pontos de vista diferentes.

Em nossa descoberta, Leonora e Valter vão do cinismo e ironia à pureza e inocência, em um jogo temporal e atemporal onde passado e presente se misturam e contam a mesma historia se confundindo com o ponto de vista do narrador onisciente e onipresente que é Valter.

Entre tantos questionamentos e descobertas, resolvemos encerrar os trabalhos, mas com a certesa de que aquilo iria nos perturbar o resto do dia... fiquei com dor de cabeça depois...

Como diz o Fernando: Cada enxadada uma minhoca!
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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Amadores - Diário de Bordo - 30/10

Por Luiz Fernando Vaz

Já faz alguns ensaios que estou representando o Válter. Imagine o desafio: produzir, dirigir e ainda atuar como protagonista já é uma tarefa colossal; ainda mais diante desse texto tão "cheio de filigranas".

Embora isso tenha sido questionado, não é por ansiedade q assumi mais esse encargo dentro da montagem. Já não subo aos palcos como ator há 2 anos e morro de saudade do calor dos refletores. Eu quero estar em cena e conto com a ajuda de dois grandes parceiros na direção: Kleber Farias e Maíra Monteiro. Kleber pela compreensão total do texto e intensa dedicação ao projeto do espetáculo. Maíra pela sensibilidade e experiência com a proposta da encenação, uma atriz versátil e muito perspicaz. Nossa relação é orgânica e temos uma verdadeira e apaixonada relação a três com a peça.

Como relaxar e deixar de ser diretor para atuar? Senti uma imensa dificuldade! Levei uma bronca da Maíra: "Se vc não me deixar dirigir eu vou me embora!" AHhAUHAUAU Isso mesmo cara Maíra: eu mereço mesmo! Patusca tb me ajudou muito a me tocar dessa minha dificuldade - que é também uma questão de organização, falta minha. Precisamos afinar nosso trabalho de direção e aparar as dúvidas sobre a peça e sobre a encenação. Precisamos- em suma- desenhar e pintar sobre o mesmo rascunho. Muito bom estar em um processo onde se perceba isso!

Neste dia, finalmente chegamos na cena em que Válter finalmente encontra Carlota. Cena intensa e cheia de ricos subtextos. Eis mais uma cena q se inicia em meio a um "corte" temporal. Não podemos simplesmente "começar" a cena. Mais uma vez experimentamos as mais variadas circunstâncias para o contexto da cena. Redescobrimos que Carlota precisa voltar a "ofuscar"e compreendemos mais um pouco desse intenso amor e devoção que Válter a dedica. Em busca do clima da cena caminhamos passo-a-passo em direção a uma maior espontaneidade. Chegaremos lá.

Hj se detemos tb na misteriosa Voz Elegante. Ainda não sabemos quem ela é, mas temos pista de quem ela não é. Uma coisa é certa: já sabemos que ela não é uma mera coadjuvante e tem uma importância central dentro da trama. Enviar para o Twitter

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Amadores - Diário de bordo - 11º ensaio(25/10)

Por Patusca


Pela primeira vez, eu e Fernando tocaríamos na 5º cena, pra falar a verdade nós a tocamos. É a cena em que Carlota encontra com Válter antes de saber do problema do Guilherme. Eis que eu estava na marcação determinada por ele, quando o próprio vira para mim e pergunta:

L.F: Patusca há quanto tempo a Carlota não vê o Válter?

P: Milhões de anos.

L.F: Não. Precisamente. Me dá um tempo certo. Há quanto tempo a Carlota não vê o Válter?

P: Há um ano.

L.F: Um ano... Como foi que a Carlota foi parar aí? O que fez ela ir ao encontro do Válter? O que ele fez para convencê-la a ir?

P: Peraí. Um ano... Será que essa mulher iria mesmo querer encontrar com uma cara que ela não vê há um ano, assim do nada

E daí a cena que estávamos começando a marcar, mais uma vez foi discutida, e discutida, e discutida e discutida.

É o ego? Vaidade? Baixa auto-estima? O que leva essa mulher ao encontro de um homem que ela não vê há um ano? Simplesmente porque atendeu ao telefone quando estava no recesso de sua casa, perdida em mil devaneios do seu próprio drama.

E o que leva esse homem a tomar a atitude de buscar essa mulher somente agora? Ele esperou tanto tempo... E a concretização desse tempo inexorável, cruelmente representado num fio de cabelo branco, foi o que o moveu?

O processo de montagem realmente é um quebra cabeça que envolve corpo e alma, mas esse quebra cabeça não revela uma imagem já pronta, pelo contrário, além de montá-lo, temos que gradativamente colorir a figura a ser construída. Eu me sinto fazendo um mosaico, colando pecinha a pecinha para formar um retrato que ainda não sei como é; e o mais extraordinário é sentir que cada nova pecinha encaixada é uma descoberta que transcende a ficção, eu sempre reconheço ou descubro algo sobre mim mesma. E nisso vamos criando uma intimidade cada vez mais intensa com esses seres tão reais, tão possíveis e tão absurdamente humanos, o que realmente me faz crer que no fundo, no fundo da piscina somos tão amadores quanto os próprios.

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domingo, 24 de outubro de 2010

Fotos de "Amadores" - Ensaios





25/10/10
25/10/10
25/10/10
25/10/10
25/10/10

21/10/10
21/10/10
21/10/10
21/10/10
21/10/10



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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Amadores - Diário de Bordo - 10º ensaio (20/10)

Por: Maíra Monteiro

Ter sido convidada para entrar nesse barco foi uma das melhores coisas que aconteceram pra mim em 2010. O Fernandinho tinha me sondado a um tempo antes mas estava cheia de compromissos e montagens. Mas de repente, por uma dessas boas obras do destino, encontrei ele no MSN e conversamos sobre os “Amadores”. O que ele me falou sobre o texto, despertou em mim no mínino uma curiosidade. Abri uma brecha na minha agenda e fui até o espaço em que ensaiamos. Foi amor a primeira lida, o texto é fantástico, inteligente e desafiador. Fizemos uma leitura e ele me convidou para dar uma força como assistente de direção pois atriz que fazia a Leonora não estava dando conta do recado (e que recado!!!) e me convidou pra substituí-la - embora deixasse claro que sempre me quis pro papel (uma honra!!!). Agora estou vivendo essa gostosa relação Maíra x Leonora.

Nosso ultimo ensaio dia 22 foi muito bom. Já podemos sentir os personagens surgindo num olhar, num sorriso, num silêncio.Maravilhoso!!! Passamos toda primeira cena do Válter (Fernando) com Guilherme (Rony) e a da Leonora (EU) com o Guilherme,experimentamos coisas,o Kleber(assistente de direção) deu umas dicas ótimas....enfim, esse processo de descobertas é muito gostoso. Após o ensaio cantamos parabéns para o Fernando, levamos refrigerante, e o Igor deu um bolo de chocolate delicioso,hummm!!! Nosso próximo encontro será na segunda feriado. Só para os que não são “AMADORES”...








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