domingo, 3 de julho de 2011

Crítica de "Amadores" por Orlando Simões

Reproduzimos aqui a crítica do site Ponto Zero, escrita por Orlando Simões, e depois algumas fotos clicadas pelo mesmo. Estamos com outros projetos em vista e, é claro, a volta de "Amadores" em um algum teatro perto de você. Abraços do GTO. Vale a pena também conferir no mesmo site o resumo da palestra “Em busca da catarse perdida”, proferido pelo autor Pedro Sette-Câmara na Livraria Saraiva.

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Espetáculo teatral "Amadores": Olhando para trás e para frente ao mesmo tempo

Na peça "Amadores" é indispensável atentar para o monólogo inicial em que Valter (interpretado por Luiz Fernando Vaz), um dos personagens, abre a peça. Em sua fala inicial o jovem Valter entrega os pontos da complexa e intrincada peça de Pedro Sette-Câmara, mas só fica claro que é no começo que as respostas estão, quando o fim se concretiza. Ou seja, Valter é medíocre em vida, será em morte provavelmente. Mas só se percebe isso tarde demais...

"Amadores" é uma peça - e na verdade muito mais um lindíssimo texto acima de qualquer coisa - que brinca com a percepção do espectador ao jogar com a narrativa através de um intrincado processo de sobreposição de tempo, de seu fluxo em uma leminiscata (o símbolo matemático do infinito que os ignorantes adoram dizer que é um "oito dormindo"), de pontos de vistas diferentes de um mesmo instante no tempo, de posições espaço-temporais desconhecidas por nós, mas que permitem aos personagens nos contar, de forma aparentemente aleatória, pontos chave de uma trama, aparentemente banal.

Mas "Amadores" é isso e sobre isso: Parecer uma coisa e ser outra. Valter é aquele típico intelectual mala, chato mesmo, que olha para dentro de si e de sua inteligência e de seus gostos refinados e acha que por ser o que é o mundo deve se prostar diante dele e lhe render glórias, afinal, todo gênio é um inconpreendido e vítima do mundo vazio que o rodeia... sim, Valter é mala, gosta de Schubert e quer passar a vida recitando poesias... não que isso seja ruim, mas só isso não é suficiente para conquistar ou reconquistar a jovem e linda Carlota (interpretada por Karol Amaral).

Carlota é uma moça normal, normal demais para uma personagem de teatro, principalmente em uma peça como "Amadores". Não, isso não é uma crítica, é que a representação humana é tão simples, que é de se estranhar ver uma personagem de ficção ser extremamente real, a ponto de ser simples, superficial e desinteressada em chatos como Valter. Afinal a vida imita a arte e vice-versa, então, no mundo real, qualquer mulher como Carlota daria um chute em um mala cheio de pensamentos filosófico-existecialistas românticos como é nosso amigo Valter... Sem falar que tanto a atriz quanto a personagem são mulheres de extrema beleza, dessas que fazem homens feios e chatos rastejarem por elas sem que elas precisem fazer lá muita coisa além de serem lindíssimas. E Carlota não faz... não fez... não fará nada... dependendo de que camada de tempo nos é mostrada ou quando nos é mostrada em cena.

Bom, mas essas camadas de tempo não são aleatoriamente mostradas ou simplesmente jogadas umas sobre as outras sem sentido. Os pilares do que teria tudo para ser uma peça adolescente romantica e bobinha, no texto de Sette-Câmara virou um jogo de relações cruzadas entre o quarteto de amigos Valter, Carlota (seu amor eterno a quem deseja recitar poesia por toda a eternidade, pobre coitada), de um lado e do outro lado temos o casal Guilherme (Rony Hofstatter) e Leonora (Maíra Monteiro) - ambos magnânimos - travando uma constante disputa de casal cujo casamento já passou pela crise da traição por parte de Guilherme e motivo de sobra para Leonora, sempre enérgica e brigona, jogar este fato em rosto para o marido.

Simples não é? Não, não é. Leonora, mulher de Guilherme cuja veia mordaz e irônica não para quieta, já teve, no passado, um envolvimento com Valter anos antes, um relacionamento de jovens, cheios de aventuras, de planos e de projetos que nunca se concretizaram... principalmente a viagem para Paris... Mas nada disso terminou à toa, Carlota, sempre ela, normal e linda, é o centro de gravidade de todas as atenções de Valter e claro, responsável pelo fim do interesse deste para com Leonora que tempos depois encontra no melhor amigo de Valter, Guilherme, um novo aconchego.

Mas Guilherme está doente, internado em um hospital com uma doença cujo diagnostico não revela nem ao amigo Valter, a menos que este resolva procurar Carlota e declarar novamente seu grande amor à moça... Apesar de Valter achar que basta ele ser o que é para que Carlota tenha que simplesmente voltar aos seus braços. Já Leonora só quer que Carlota saia de seu caminho, pois sua aproximação de Guilherme é dúbia, cheia jogos e brincadeiras insinuantes, típicas dessas mulheres normais e por isso mais encantadoras e fatais... e Leonora sabe disso. Assim temos um quadrado amoroso estranho, instável, pois ao que tudo indica, Guilherme e Carlota tem algo a mais entre eles, assim como um dia, Valter e Leonora também tiveram.

No pequeno espaço do quarto de hospital, numa ante-sala de espera, em um elevador e em um espaço mais amplo com um pequeno banquinho que se dá a ação do espetáculo, com as camadas de tempo e de situações se sobrepondo umas as outras, bem como os diálogos... em "Amadores" não há aquela pausa entre dar uma fala e outro ator dar a outra fala, é verbo chiando direto, tal qual acontece quando duas pessoas estão discutindo na vida real. Eu não me calo e espero você falar, eu falo por cima, falo mais alto e você também...

E não são só os quatro personagens e a platéia que vivenciam tudo isso, pois somos todos espreitados pela misteriosa "Voz Elegante" que atormenta Valter, que o impulsiona e o impele aos mais variados questionamentos, mesmo que o toupeira do Valter ache que está sempre certo, o misterioso dono da "Voz Elegante" nos diz que o caminho não é bem esse.


Por sua forma complexa de narrar em camadas de tempo sobrepostas, mostrando ora passado, ora presente e com um texto elaborado bem ao estilo pop-cult falando de grandes poetas, grandes compositores de ópera, "Amadores" também fala de Jakie Chan e filmes de Kung-Fu de uma forma tão natural que nos sentimos diante da mais pura representação do cotidiano onde uns são simples demais e outros complexos demais para dividirem entre si um amor ou uma amizade que seja.

Em sua tentativa de auto-superação e, conseqüentemente, redenção de si e conciliação do mundo ao seu redor, Valter vai adiante, fazendo asneira atrás de asneira, criando conclusões estranhas a respito do que deve fazer lembrando de Ícaro e suas asas derretidas pelo Sol, refletindo sobre o que é causa e o que é conseqüência no ato de um homem se jogar de um edifício. E assim conhecemoss presencialmente, em mais uma estranha camada de tempo, a materialização do misterioso "Voz Elegante" para dar um parecer sobre Valter e sua sucessão de equívocos e erros de julgamento, de si e de seus amigos.

Mas é tarde demais, não há redenção na vida real e nem na ficção, porque "Amadores" de Pedro Sette-Câmara é real demais para ser teatro de redenção e de finais românticos. E Valter, Valter é e sempre será um grande tolo.

No mundo real ninguém ama os tolos e os edifícios não tem a decência de desabar enquanto o Ícaro se afoga após ter suas asas de cera derretidas pelo Sol...













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quarta-feira, 18 de maio de 2011

"Amadores" - o espetáculo
















4 dias de temporada. Muita chuva. Um público guerreiro. A presença do dramaturgo Pedro Sette-Câmara. E o ápice de 9 meses de ensaios intensos.

Estreou enfim o 2º espetáculo do Teatro do Ofício!!!

Nada como celebrar o resultado de tantos sacrifícios e de horas e horas e horas de ensaios, troca de elenco, vitórias, reveses, contratempos, conquistas, descobertas e alegrias.

É no contato com a platéia que finalmente encontramos o tom certo, a forma das palavras, a emoção exata e a energia que faltava. É ali no palco que enfim se deparamos com aquela obrigação de se denudar em arte ao vivo, sem truques, sem volta nem hesitação. O sentimento tem que estar ali presente a todo momento, sem demora, pois o público quer viver em nossa ficção e em nós crava-nos os olhos impiedosamente. Tudo acontece ali em tão pouco tempo. Tanto preparo para o efêmero de uma hora de espetáculo. Uma hora que esperamos nunca mais deixar a alma daqueles que nela transcorreram ali no Teatro Cláudio Barradas.

Estreou nos palcos pela primeira vez Karol Amaral. Brilhou intensamente Maíra Monteiro. Rony Hofstatter se divertiu interpretando Guilherme. Válter enfim surge na pele de Luiz Fernando Vaz. E um misterioso personagem fascina a platéia na interpretação de Leonardo Cardoso.

A luz e o cenário de Kleber Farias se impôe com elegância na cena. Os figurinos de Carlos Henrique contam a vida dos personagens. E a sonoplastia operada por Marcelo Andrade pauta os sentimentos ariscos e delicados.

E o autor, Pedro Sette-Câmara, nos dá o ar de sua graça vindo à Belém prestigiar o nosso trabalho durante todas as noites, sobrando tempo ainda para se deliciar na culinária local e nos brindar com espirituosos diálogos.

Agradecemos aos nossos apoiadores e amigos que tanto nos ajudaram nessa empreitada. E convidamos a todos a ficar de olho pois "Amadores" com certeza terá vida longa.

*Fotos de Vitória Nascimento

P.S - Ainda tem mais fotos. Em breve postaremos mais... Enviar para o Twitter

terça-feira, 10 de maio de 2011

"Amadores" para todos - ingressos em até 3x na internet e na bilheteria


Facilitamos seu acesso ao Teatro!!!

Assista "Amadores" com a sua famíla e amigos parcelando suas entradas em até 3x no cartão de sua preferência através do site http://www.sellcard.com.br ou mesmo na bilheteria do Teatro Claudio Barradas a partir das 14h. Corra que ainda dá tempo!!!

Saiba mais sobre a peça no site de cultura Ponto Zero Enviar para o Twitter

domingo, 8 de maio de 2011

"Amadores" - compre seu ingresso online parcelado em até 3x no cartão!!!





Agora você pode comprar seu ingresso para assistir "Amadores" com toda a facilidade e parcelar em até 3x no seu cartão de preferência.

Pra quem não conhece o sistema, após a compra você imprime um VOUCHER que você troca na bilheteria pelo ingresso.

ATENÇÃO que as vendas se encerram 48h antes de cada dia disponibilizado. Portanto, não perca tempo e garanta logo o seu.

Basta clicar no site ou no link abaixo correspondente ao dia em que você deseja comprar ingressos:

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ESTRÉIA dia 12/05/2011
http://www.sellcard.com.br/detalhes-evento.php?eve_cod=187

Dia 13/05/2011
http://www.sellcard.com.br/detalhes-evento.php?eve_cod=188

Dia 14/05/2011
http://www.sellcard.com.br/detalhes-evento.php?eve_cod=189

Encerramento da temporada dia 15/05/2011
http://www.sellcard.com.br/detalhes-evento.php?eve_cod=190


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Informações sobre o serviço online:
(91) 32373-0010 / 8163-0707 / 8163-5577

http://www.sellcard.com.br/texto.php?id_txt=6

Informações sobre o espetáculo:

http://tinyurl.com/3m4ly34

(91)3274-1860/ 8117-5742/9154-9031 Enviar para o Twitter

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O cenário de "Amadores"

Depois de 9 meses de intenso trabalho, aquilo que era apenas alguns rabiscos começa a ganhar vida e propriedade.

Inspirado visceralmente na trama e no texto de Pedro Sette-Câmara, que permite a quebra da plástica naturalista, o cenário de "Amadores" mergulha em um universo atemporal e disforme, trazendo a tona ambientes criados a partir da visão do protagonista Valter e de sua mente arquitetalmente romântica.

Fundamental para a criação deste universo, foi a simbiose entre Direção e Cenografia, que desde o inicio dos trabalhos caminham juntas.

A Encenação e Direção de Luiz Fernando Vaz, aliadas à concepção Cenográfica, transformam o espetáculo em um grande jogo onde ambientes são revelados e transformados, deixando ao espectador a livre interpretação e visualização dos seus espaços "reais".

Criada por Kleber Farias, a Cenografia do espetáculo tem o grande desafio de permitir ao público embarcar na viagem que Valter convida a participar, e descobrir a geometria romântica existente nas relações entre as personagens.

um desafio tambem para o cenógrafo, mas que enfim se materializa.















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Autor de "Amadores" realiza palestra em Belém



Dia 11 de maio, quarta-feira, às 19h, o autor da peça "Amadores", realizará uma palestra com o tema "Em busca da catarse perdida", no Espaço Benedito Nunes que fica na livraria Saraiva Megastore (2º piso do Boulevard Shopping).

A ENTRADA é FRANCA

Segundo o tradutor e dramaturgo Pedro Sette-Câmara, certos textos modernos, como Senhorita Júlia, de Strindberg, seguem claramente a receita de Aristóteles (com a tragédia proporcionando a catarse do terror e da piedade), mas ele defende que a sua capacidade de excitar esta reação no público parece restrita à época de sua encenação. "O que fez com que o público mudasse?", pergunta Sette-Câmara: "A explicação parece estar em outra peça: Casa de boneca, de Ibsen, encenada dez anos antes de Senhorita Júlia", explica.

"Se antes o público tinha uma identificação ao menos parcial com a sociedade que condenava os protagonistas das tragédias, hoje essa atitude é considerada essencialmente injusta. A tragédia, em vez de levar à catarse, é entendida como texto de denúncia, inspirando revolta. Essa explicação, por sua vez, sugere que pelo menos Sófocles já estava ciente de que o público um dia mudaria de opinião, e que a possibilidade de catarse trágica teria de ser procurada em campos ainda inexplorados", defende o dramaturgo carioca.

Aproveitando a estréia de sua peça "Amadores", dia 12 de maio, em Belém, encenada pelo Teatro do Ofício e com direção de Luiz Fernando Vaz, Pedro Sette-Câmara traz ao público local uma discussão muito pertinente para todos aqueles que exercem e admiram o ofício da dramaturgia.

Pedro Sette-Câmara é formado em Português-Grego pela UFRJ e trabalha como tradutor literário e intérprete de conferências. Entre suas principais traduções estão Shakespeare: Teatro da inveja e Clausewitz acabado, de René Girard, e Coração devotado à morte, de Roger Scruton. Escreve para a revista Dicta&Contradicta e também já assinou artigos para o suplemento Megazine do jornal O Globo e para a revista Continente Multicultural. Mantém um blog em www.pedrosette.com

Info: 8117/5742/ 9154-9031

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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Estreia de "Amadores"!!!




Foram 9 meses de ensaio. Eis que o parto tem data marcada: DIA 12 DE MAIO DE 2011!!!

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Confira a ficha completa do espetáculo:


SINOPSE


Válter visita seu amigo Guilherme no hospital e recebe um ultimato: que ele declare de uma vez por todas o seu amor por Carlota. Ao mesmo tempo, Leonora, uma grande amiga de infância, ainda alimenta uma antiga paixão, apesar de estar em crise com seu marido Guilherme com quem agora é casada. É aí que um misterioso personagem sugere a Válter uma segunda chance para resolver a sua vida.

ELENCO

Luiz Fernando Vaz como Válter

Maíra Monteiro como Leonora

Rony Hofstatter como Guilherme

e apresentando

Karol Amaral como Carlota

com participação especial de Leonardo Cardoso


FICHA TÉCNICA

Texto: “Amadores", de Pedro Sette-Câmara

Cenografia: Kleber Farias

Cenotecnia: Carlos Henrique

Construção do cenário: Sérgio Soares e Kleber Farias

Iluminação: Kleber Farias

Figurino: Carlos Henrique e Maíra Monteiro

Design de som: Luiz Fernando Vaz

Pesquisa de som: Sol Henriques e Valéria Lima

Operação de som: Marcelo Andrade

Cabelo e maquiagem: Nildo's Hair Cabelereiros

Design Gráfico: Emerson Coe/ Flávio Ramos

Assessoria de Web: Ivan Santos Júnior

Assessoria de Comunicação: Helder Bentes

Fotografia: Carlos Vera Cruz

Fonoaudióloga: Elaine Lopes

Produção: Teatro do Ofício

Encenação/ Direção: Luiz Fernando Vaz


APOIO

Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves/ Espaço Cultural Atores em Cena/ Spazzio Verdi/ Prima Clean Lavanderia/ Nildo's Hair Cabeleireiros/ Balcão Teatro para empresas


SERVIÇO


Teatro do Ofício apresenta “Amadores”, de Pedro Sette-Câmara

- Teatro Cláudio Barradas, nos dias 12, 13, 14 e 15 de maio de 2011, sempre às 20h.

Ingressos R$20 na bilheteria do teatro (direito a meia).

Gênero: Comédia romântica.

Classificação: 14 anos



INFORMAÇÕES

(91)3274-1860/ 8117-5742/ 9154-9031


Localize o Teatro Claudio Barradas no Google Maps:
http://maps.google.com.br/maps/ms?oe=utf-8&client=firefox-a&ie=UTF8&hl=pt-BR&msa=0&ll=-1.43953%2C-48.486239&spn=0.004923%2C0.006899&z=17&msid=212764541099386062615.0004a27a1b14196347f90


Compre seu ingresso ONLINE e parcele em até 3x no cartão

http://www.sellcard.com.br/lista-eventos.php

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Todo dia até a estreia o blog vem com novidades deste que é o segundo espetáculo do Teatro do Ofício.

Merda pra nós!!! Enviar para o Twitter

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Leitura dramática de "Amadores" na Saraiva Megastore


SINOPSE DA DA LEITURA

Valter não consegue determinar o seu destino. Mas a oportunidade de olhar para tudo o que fez pode ser o reconhecimento dos seus mais nobres sentimentos.

TRAMA

Válter convida os espectadores a conhecer a sua história. Tudo começa em um quarto de hospital quando seu amigo Guilherme se recusa a contar para seus amigos sobre a natureza de sua doença. O protagonista descobre que Leonora, que alimenta uma antiga esperança amorosa por ele, conspira com Guilherme para que Válter tome uma atitude em relação à Carlota por quem mantém uma paixão platônica. Aqui também descobrimos que Guilherme e Leonora são casados e estão com o relacionamento abalado por uma traição. Provocado por seus amigos, Válter procura Carlota e pede para que ela visite Guilherme no hospital e descubra o motivo de sua internação. Todos estes acontecimentos e seus futuros desdobramentos são acompanhados por um misterioso personagem (Voz elegante) que parece estar interessado em dar uma oportunidade para que Válter resolva o seu destino de um modo diferente.

O PROCESSO DE MONTAGEM

Em processo de construção desde agosto de 2010, a montagem de “Amadores” procura superar o desafio de transpor para cena um texto rico em naturalidade e realismo. Apesar dos diálogos ligeiros e do estilo coloquial, o texto apresenta personagens e situações que, ora cômicas ou dramáticas, exigem do encenador um olhar instigante e atento para detalhes, por se tratar de uma peça que discute não somente as relações pessoais de quatro amigos íntimos, mas também apresenta uma narrativa cujo protagonista realiza uma breve jornada de superação e busca da redenção.

Desde o início dos ensaios, a direção percebeu a necessidade de valorizar o trabalho do ator com destaque para o estudo do teatro naturalista. Importante destacar o auxílio das teorias e práticas do teatro de Stanislavski e de outros teóricos tais como Uta Hagen e Roberto Mallet, principalmente no que tange à ação dramática e ao estudo aprofundado da trama e dos personagens.

E é um pouco desse trabalho que o Teatro do Ofício vai mostrar em uma leitura dramática e através de um bate-papo com a platéia.


ELENCO

Luiz Fernando Vaz representando Válter

Maíra Monteiro representando Leonora

Patusca representando Carlota

Rony Hofstatter representando Guilherme

e apresentando

Sol Henriques no papel da Voz Elegante


Sonoplastia de Valéria Lima e projeções de Kleber Farias

"Amadores", uma peça de Pedro Sette-Câmara

Direção de Luiz Fernando Vaz

Quando: Dia 1º de março, terça-feira, às 19 e 30h.

Onde: Saraiva MegaStore Boulevard Shopping - Espaço Benedito Nunes

Av. Visconde de Souza Franco, 776 - Loja 233 / 2º piso

Reduto, Belém – PA / 91 3241-3950

Quanto: ENTRADA FRANCA

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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Montagem de "Amadores" rumo à estreia: 12 de maio


Já são quase 6 meses de ensaio de "Amadores". Após a virada do ano surgiram adversidades e contratempos mas os ensaios não pararam. Apesar do diário de bordo desatualizado pretendo neste post atualizar algumas informações e retomar a reflexão sobre o processo de montagem.

O elenco é este: eu, Luiz Fernando Vaz, interpretando Válter; Maíra Monteiro interpretando Leonora; Patusca interpretando Carlota; Rony Hofstatter interpretando Guilherme e apresentando Sol Henriques como a misteriosa Voz Elegante.

Na equipe técnica: cenário e a iluminação são assinados por Kleber Farias; figurinos de Carlos Henrique e Maíra Monteiro e sonoplastia de Sol Henriques. A direção e encenação é deste que vos bloga.

Durante esses meses de ensaios estivemos diante de um intrigante desafio. O texto de Pedro Sette-Câmara é rico em profundidade temática e os personagens são absolutamente a prova de rótulos. Tentei aplicar meus metódos clássicos de direção e amarguei um bom tempo de frustrações e caminhadas em círculo. Só foi quando decidimos trabalhar as relações dos personagens mais a fundo, em uma jornada investigativa de debates e debates, que os mistérios da intrincada dramaturgia de "Amadores" começaram a se abrir para nós. Foram semanas as quais os personagens começaram a surgir perante nós como pessoas que gradualmente aceitavam nossa amizade, nosso olhar precrustador, os abraços e as perguntas insolentes. A cada dia de ensaio uma descoberta, um insight, um segredo revelado. É claro que toda essa proximidade teria que evoluir para uma intimidade cada vez mais profunda, além de uma arrebatadora e cada vez mais intensa paixão em relação a este achado da nova dramaturgia brasileira.

O processo exigiu mudanças de posturas. Vi os atores procurando resgatar aspectos de suas personalidades meio que esquecidos na tentativa de encontrar o tom das personagens, vi o conceito de criação dos técnicos girar 360º. Já eu estive diante de uma total mudança de condução no meu estilo de direção, me surpreendi menos formal e mais interessado nas relações vivas do palco. Com certeza, "Amadores" não seria montado em 2 meses, como na maioria das montagens: é um diamante tenaz que ama mais o esmeril do que a expectativa do balcão de uma joalheria.

Faz uma semana que conseguimos visualizar todas as cenas de "Amadores". A vivência no universo da peça agora é mais orgânica e livre de tensão, a minha visão de encenação é mais clara para todos e os personagens agora é que estão ansiosos para o jogo dramático. Impera uma concentração maior nos ensaios e todos estão mais relaxados para existir naquela ficção proposta. Começamos a ouvir uma musicalidade das cenas, o silêncio é mais palpável. Estamos diante de um abismo convidativo. Não há mais espaço para hesitação. Chegou a hora da entrega. Chegou a hora de se deixar machucar.

Concomitante à excitação dos ensaios, a produção caminha a passos modestos mas seguros. O projeto do espetáculo está afinadíssimo e pronto para contemplar patrocinadores e apoiadores. Muitas parcerias também surgiram e penso que logo podemos comunicar todos de mais e mais conquistas na escalada da tão aguardada estreia.

Ah, e por falar em estreia, estreamos dia 12 de maio no Teatro Cláudio Barradas, em Belém do Pará. Enviar para o Twitter

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Temporada de Oficinas: inscrições PRORROGADAS!!!

Prorrogadas as inscrições para a Temporada de Oficinas do Teatro do Ofício. As modificações são as seguintes, em itálico:

Oficina de Iniciação Teatral - 2 turmas
Resumo: Os primeiros passos para quem quer conhecer e entrar no mundo das artes cênicas.
Ministrantes: Leonardo Cardoso e Luiz Fernando Vaz, do Teatro do Ofício
Aulas de 07/02 a 18/02 de 15 às 18h, às segundas, quartas e sextas.
Aulas de 12/02 a 27/02 de 15 às 18h, aos sábados e domingos
Carga horária: 18h
Vagas:15
Investimento: R$75,00

Oficina de Confecção e Manipulação de Bonecos
Resumo: Aprenda a confeccionar e dar vida a seus próprios bonecos de manipulação em técnicas diversas.
Ministrante: Marcelo Andrade, da Companhia Bric Brac e do Teatro do Ofício
Aulas de 08/02 a 19/02 de 15 às 18h. às terças, quintas e sábados
Carga horária: 18h
Vagas: 15
Investimento: R$75,00

Oficina de Preparação p/ a Processo Seletivo do Curso Técnico em Ator da ETDUFPA
Resumo: Orientação individual para a prova escrita e para a prova prática
Ministrante: Luiz Fernando Vaz, do Teatro do Ofício
Aulas nos dias 05 e 06/02 de 8 às 12h
Vagas: 15
Investimento: R$50,00

Local: Espaço Cultural Atores em Cena (Av. Nazaré, 435, esquina com Benjamin Constant)
Inscrições: No local, de 10 às 18h
Informações: (91)8117-5742/ 9154-9031/ 3274-1860
Twitter: @teatrodooficio
Blog: http://teatrodooficio.blogspot.com Enviar para o Twitter

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Temporada de Oficinas do Teatro do Ofício


Com dois anos de existência, finalmente o Teatro do Ofício abre oficinas para o público. Serão ofertadas oficinas de iniciação teatral, maquiagem, criação e manipulação de bonecos e também uma inédita oficina preparatória para o Processo Seletivo do Curso Técnico em Ator da Escola de Teatro da UFPA.

"Há muito tempo que nós somos cobrados para dar oficinas mas não tinhamos um espaço adequado. A parceria com o Espaço Cultural Atores em Cena e com a produtora Ana Khalil é que possibilita a realização de mais essa etapa na contribuição do Ofício com a cena artística de Belém", diz Carlos Henrique, cenógrafo, figurinista e coordenador das oficinas. "A oficina de Preparação para a prova da ETDUFPA surgiu a partir de uma demanda que surge todo início de ano por uma orientação, principalmente, na prova prática. Muitos candidatos querem fazer teatro na Escola e tem muita dificuldade em desenvolver suas idéias de forma cênica", completa Luiz Fernando Vaz.

O Teatro do Ofício é composto por atores e técnicos já experientes em diversos grupos da cidade. Estreou em 2008 com o espetáculo "Uma Flor para Linda Flora", peça do dramaturgo paraense Carlos Correia Santos e dirigida por Luiz Fernando Vaz. "Linda Flora" participou do Forum Social Mundial e do Festival Territórios de Teatro-3ª edição, além de cumprir diversas temporadas em Belém e no interior. O grupo realizou a primeira web-série paraense com a escrachada "Pensão dos Artistas Fudidos" e também publicou um vídeo tutorial chamado "10 dicas para um teste de ator" filmado com celular, ambos podem ser vistos no You Tube. Atualmente estão em processo de montagem com o espetáculo "Amadores", do tradutor e dramaturgo carioca Pedro Sette Câmara e mais uma peça do premiado Carlos Correia Santos. O grupo tem por principal característica a rotatitividade nas funções do espetáculo e a curiosidade constante por novas linguagens.

A temporada de oficinas inicia no dia 30 de janeiro com a mini-oficina da palhaça e maquiadora argentina Melany Darger, convidada pelo Teatro do Ofício. Todos os cursos dão direito a certificado.

Local: Espaço Cultural Atores em Cena (Av. Nazaré, 435, esquina com Benjamin Constant)
Inscrições: No local, de 10 às 12h e das 14 às 18h
Informações: (91)8117-5742/ 9154-9031/ 3274-1860
Twitter: @teatrodooficio
Blog: http://teatrodooficio.blogspot.com


Mini-oficina de Iniciação à Maquiagem Teatral
Resumo: Técnicas para a caracterização de diversos tipos de personagens. Inclui material para prática.
Ministrante: Melany Dager, do Grupo Palhestradas (Argentina)
Aula única no dia 30 de janeiro (domingo) das 14 às 18h
Vagas: 20
Investimento: R$50,00

Oficina de Iniciação Teatral - 2 turmas
Resumo: Os primeiros passos para quem quer conhecer e entrar no mundo das artes cênicas.
Ministrantes: Leonardo Cardoso e Luiz Fernando Vaz, do Teatro do Ofício
Aulas de 31/01 a 10/02 de 15 às 18h, às segundas, quartas e sextas.
Aulas de 12/02 a 27/02 de 15 às 18h, aos sábados e domingos
Carga horária: 18h
Vagas:15
Investimento: R$75,00

Oficina de Confecção e Manipulação de Bonecos
Resumo: Aprenda a confeccionar e dar vida a seus próprios bonecos de manipulação em técnicas diversas.
Ministrante: Marcelo Andrade, da Companhia Bric Brac e do Teatro do Ofício
Aulas de 01 a 12/02 de 15 às 18h. às terças, quintas e sábados
Carga horária: 18h
Vagas: 15
Investimento: R$75,00

Oficina de Preparação p/ a Processo Seletivo do Curso Técnico em Ator da ETDUFPA
Resumo: Orientação individual para a prova escrita e para a prova prática
Ministrante: Luiz Fernando Vaz, do Teatro do Ofício
Aulas nos dias 05 e 06/02 de 8 às 12h
Vagas: 15
Investimento: R$50,00 Enviar para o Twitter