segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Amadores - Diário de Bordo - 30/10

Por Luiz Fernando Vaz

Já faz alguns ensaios que estou representando o Válter. Imagine o desafio: produzir, dirigir e ainda atuar como protagonista já é uma tarefa colossal; ainda mais diante desse texto tão "cheio de filigranas".

Embora isso tenha sido questionado, não é por ansiedade q assumi mais esse encargo dentro da montagem. Já não subo aos palcos como ator há 2 anos e morro de saudade do calor dos refletores. Eu quero estar em cena e conto com a ajuda de dois grandes parceiros na direção: Kleber Farias e Maíra Monteiro. Kleber pela compreensão total do texto e intensa dedicação ao projeto do espetáculo. Maíra pela sensibilidade e experiência com a proposta da encenação, uma atriz versátil e muito perspicaz. Nossa relação é orgânica e temos uma verdadeira e apaixonada relação a três com a peça.

Como relaxar e deixar de ser diretor para atuar? Senti uma imensa dificuldade! Levei uma bronca da Maíra: "Se vc não me deixar dirigir eu vou me embora!" AHhAUHAUAU Isso mesmo cara Maíra: eu mereço mesmo! Patusca tb me ajudou muito a me tocar dessa minha dificuldade - que é também uma questão de organização, falta minha. Precisamos afinar nosso trabalho de direção e aparar as dúvidas sobre a peça e sobre a encenação. Precisamos- em suma- desenhar e pintar sobre o mesmo rascunho. Muito bom estar em um processo onde se perceba isso!

Neste dia, finalmente chegamos na cena em que Válter finalmente encontra Carlota. Cena intensa e cheia de ricos subtextos. Eis mais uma cena q se inicia em meio a um "corte" temporal. Não podemos simplesmente "começar" a cena. Mais uma vez experimentamos as mais variadas circunstâncias para o contexto da cena. Redescobrimos que Carlota precisa voltar a "ofuscar"e compreendemos mais um pouco desse intenso amor e devoção que Válter a dedica. Em busca do clima da cena caminhamos passo-a-passo em direção a uma maior espontaneidade. Chegaremos lá.

Hj se detemos tb na misteriosa Voz Elegante. Ainda não sabemos quem ela é, mas temos pista de quem ela não é. Uma coisa é certa: já sabemos que ela não é uma mera coadjuvante e tem uma importância central dentro da trama. Enviar para o Twitter

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